terça-feira, abril 07, 2009

Deus recolhe as lágrimas de uma mãe para devolvê-la em forma de felicidade

Quando ele nasceu era aparentemente uma criança normal,no segundo dia de vida ao recebê-lo para amamentar ele não parava de chorar e estava muito quente para um recem nascido então a enfermeira do berçário foi chamada o caso relatado à ela e a criança levada de volta ao berçário.
Quando de madrugada a mãe foi acordada por uma pessoa de branco perguntando-lhe como havia sido sua gravidez, se havia tomado remédios sem prescrição ou se havia tido gripe muito forte?
foi um verdadeiro bombardeio de perguntas, então a mãe toda confusa foi respondendo a cada uma de suas perguntas. Queria saber o porquê de tanta urgência sobre sua gestação, foi quando a pediatra lhe disse que seu bebê estava com 40ºc de febre e para uma criança isso era muito perigoso, disse também que à partir daquele momento ele não iria mais para seu quarto,ela é que teria que ir até ele no berçário.
A jovem mãe entrou em pânico somente dentro de si pois por fora estava preocupada como não poderia ser diferente. No decorrer dos dias ela já nem conseguia dormir, falava para as enfermeiras para não esquecerem de alimentar seu filho, não queria contar-lhes que não tinha leite pois se o fizesse não poderia entrar no berçario e ao menos pegar seu bebê no colo e fazer-lhe carinho, então achava melhor fingir que amamentava, e depois caía em prantos ao chegar em seu quarto, pois sua desculpa era de que a criança não havia mamado e ela não sabia o porque e as enfermeiras diziam que não davam nada para os bebês apenas mamavam em suas mães e isso já bastava.
A jovem mãe chorava e falava com Deus que não queria que seu filho ficasse com fome, pois assim iria morrer por falta de alimento, quantas vezes ela foi ao berçário durante a madrugada e seu pequeno ali num bercinho aquecido sem o seu calor de mãe, muitas vezes com um nó na garganta ela chamava um funcionário para que retirasse o soro da cabeça dele pois havia perdido a veia e havia se formado ali uma bolsa de liquido era uma cena torturante para ela.
Ficaram ao todo onze dias mãe e filho internados, ele a cada dia que passava surgia um diagnóstico novo, ela desde os últimos dias de gestação estava com a pressão elevada,e só teve alta quando sua pressão normalizou.
Durante o período em que ficou no hospital, teve dias em que não recebeu visitas ela ia até a janela do quarto e ficava olhando a avenida e o vai e vem dos carros,achava que haviam se esquecido dela ali e por muitas vezes chorou sem ter com quem dividir seus medos, suas angústias pois as outras pacientes peguntavam se ela não tinha ninguém para visitá-la, respondia que sim e que deveria ter acontecido algo , sempre dava uma desculpa qualquer.
Ela e o filho receberam alta , mas a cada dois meses ele tinha pneumonia era um corre corre só,durante as madrugadas tinha que sair correndo para o pronto socorro, e o tempo foi passando...
Hoje já se passaram quase vinte anos, ela teve muitos outros momentos de dor com seu filho, como no dia em que o médico disse que a deficiência auditiva dele era irreversível, e isso poderia ter acontecido devido aos antibióticos tomados no hospital quando nasceu, seu menino era muito rebelde e na escola não rendia como deveria, ele fazia fonoterapia, terapia individual e nada resolvia ou melhor a fono resolveu sim, pois ele com três anos não falava e depois de um ano fazendo fono ele já falava 90% , foi um avanço maravilhoso.
Ele nasceu em 1989 e hoje em 2009 e´um orgulho para sua família, ele trabalha em uma grande empresa é respeitado por todos, gosta do que faz e para a felicidade de seus pais ele está cursando o 1º ano de Adm de empresa, e não falta de jeito nenhum às aulas, sua mãe as vezes fica com dó pois ele sai cedo e chega tarde, mas como ela mesma diz à ele isso não vai durar a vida toda.
Para finalizar eu acredito que Deus tem um propósito na vida de cada um de nós, temos que ser pacientes e esperar a hora certa de agir sempre pedindo a direção de Deus, acredito que esta família tenha tido que passar por tudo isso e outras coisas para hoje poder ter sua história contada e pode servir de alguma forma para orientar outras pessoas.

{Esta é a minha história e do meu filho Bruno à quem dedico este texto}

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