sexta-feira, março 28, 2008

Ela teve inveja uma vez na vida


A moça da qual me refiro na postagem abaixo, tendo passado em média um ano do ocorrido ela se depara com um sentimento novo para sua surpresa sua cunhada vinha com a notícia de que estava grávida e aquilo lhe feriu como um punhal, ela ficou meio sem jeito e teve um sentimento que para ela era novo sentiu raiva e porque não dizer que ela sentiu um gosto amargo em sua boca.

Sabia que teria que conviver com aquilo para sempre ou seja com seu pecado, teria que arrastar por toda sua existência o peso daquela culpa, teria que arrastar-se vida afora com esta ação que lhe doía a cada vez que pensava que parte de sí por autorização sua lhe haviam tirado a vida.

Com o passar dos meses ela contava com que idade seu amorzinho estaria e as lágrimas sempre lhe banhavam o rosto ela sentia que estava ainda sonhando um sonho que não tinha fim e nem um final feliz.

Ao presenciar o crescimento da barriga da cunhada ela até aceitava bem, porém quando o assunto era a criança que estava por vir ela não se sentia a vontade e sempre que podia se afastava era como se as pessoas a culpassem o tempo todo,isso é o que ela sentia más as pessoas não tocavam em nenhum assunto deste tipo em sua presença.

Na realidade se sentia como se alguém a punisse todo o tempo e até a cunhada será que precisava ficar grávida nesta época? pensava ela com ar de inveja e as lágrimas corriam em desespero pelo seu rosto ,sentia seu coração vazio e queria tanto ter dado amor, amamentado, feito carinho em seus pézinhos miudos queria ter encostado seu rosto em seu rostinho macio e quente ter agradecido à Deus por ter colocado um bem tão precioso em seus braços...queria ter comparado um filho e outro os traços de quem seriam? será que se pareceriam ou teriam o mesmo humor? -Nunca saberá terá que conviver com a ilusão de um dia chegar onde esta seu presente que lhe foi dado por Deus e rejeitado por todos e dizer-lhe apenas "meu amor eu sempre te amei e jamais me esquecí de você".

Vai lhe pedir perdão e abraçá-lo com tanta força que o desejo é de nunca se separar, ficar assim daquele jeito para todo o sempre. Ela sabe que agora sim poderá ser feliz tendo junto de sí aquele que sempre carregou dentro de seu coração, ele não precisa dizer nada pois sempre soube o quanto sua mãe o amava e sofria com sua ausência em sua vida.

Quando nasceu seu sobrinho ela o pegou no colo e sentiu muito amor por ele, más nunca se deixou apegar demais acho que era uma espécie de auto defesa, Um dia vai pedir desculpas a sua cunhada por ter sentido inveja de ver uma vida crescendo dentro dela e saber que todos ficariam muito felizes com o nascimento e foi de fato ,o filho dela trouxe consigo muitas alegrias e um novo recomeço para todos, trouxe a vida e mostrou que tudo depende de como aceitamos o que é nos dado e usaremos isto para sermos mais felizes, sabendo que a vida trará novas provações e cabe a cada um lidar da melhor maneira com seus problemas, cada um dá um tamanho a sua cruz e o peso dela talvéz não seja tão impossível de suportar se tem ao lado pessoas com as quais você poderá contar sempre para te ajudar com palavras de incentivo a suportar o peso da caminhada.

A moça teve outro filho quase seis anos depois e por mais incrível que pareça nasceu no mesmo mês em que teria nascido o outro, ela achava que tendo uma outra criança para amar e cuidar fecharia o buraco vazio que havia em sua vida, más percebeu que um filho jamais poderá ser substituido por outro. Seus filhos não sabem desta história más com certeza irá contar-lhes um dia e dizer o quanto ama seus três filhos embora ela sempre o diga, eles são a razão de seu viver

e acredito que por ter se arrependido Deus lhe concedeu uma nova chance de tentar tirar um pouco da dor que aquela mãe carregava e talvéz ainda carregue só com menos peso eu acredito que sua felicidade seria realmente completa se todos os filhotes estivessem protegidos por suas asas e que nenhum tivesse se perdido ao longo do caminho, que não pode se voltar para trás mais deve-se seguir em frente com a cabeça erguida e por fim dizer: "-Quem nunca pecou que atire a primeira pedra".

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